Texto apresentado na abertura dos trabalhos do Centro André Luiz dia 25 de Maio de 2015.
Antigamente, para a igreja o
homem era o centro da Criação, a Terra,
o centro do Universo e tudo girava ao nosso redor. Muitos como Hipatia de
Alexandria e Giordano Brunno, Galileu Galilei por exemplo, foram perseguidos e
até morreram por afirmar o contrário.
Hoje, a ciência nos mostra que na
verdade estamos em um singelo terceiro planeta de um sol de quinta grandeza (já
foram encontrados sóis de diversos tamanhos, o nosso ocupa o quinto lugar,
alguns são até 10 vezes maior que o nosso), de um braço externo de uma Galáxia (Via
Láctea) que está na periferia do Universo (afastada do centro).
Antes acreditava-se que o
Universo era Incriado, Eterno, Infinito. Hoje sabemos que tem idade 13 Bilhões
de Anos, e já foi constatado pela ciência que ele se movimenta, que as galáxias
se afastam entre si, portanto que ele se expande. O que havia antes desse
início? Algo que se expande tem fronteiras? Não sabemos. O que há além dessas
fronteiras? Não chegamos lá.
Imensos e ainda incompreensíveis
são os mistérios da Criação, a tal ponto que quando fazemos uma nova descoberta
simplesmente surgem centenas de novas perguntas. Ao descobrir que o Universo surge em uma
explosão: De que? Por quê? Onde? Até quando? E por aí vai, derrubam-se as
certezas para que surjam novas perguntas. A única constante neste nosso
universo são as Leis Físicas que o regem, elas valem para toda parte. Todas
essas leis falam de algum modo de energia, inércia, gravidade, força
centrífuga, força centrípeta, formação da matéria, propagação da luz,
velocidade da luz.
E ao confrontar os descobrimentos
da Ciência, olhamos para aquilo que aprendemos de nossos pais e que está nos
livros sagrados que seguimos. Deus nos criou a partir do barro? Ou viemos de
outros planetas? Ou somos fruto de alterações genéticas feitas por seres super
evoluídos que nos visitaram no passado?
Ou somos criminosos banidos de reinos paradisíacos para uma parte segregada do
universo? Cada um de nós já viu ou ouviu alguma dessas versões, mas ao longo do
tempo descobrimos que a matéria que nos compõe, água e carbono pode ser barro.
Suspeita-se que a água deste planeta foi trazida por cometas e meteoros que
caíram aqui, encontramos esculturas antigas (milenares) de seres com formatos
fantásticos e roupas de astronauta, cada uma parece corroborar alguma das
teorias. Se não fomos criados diretamente por Deus, Deus criou nossos
criadores. E aqui estamos; tentando humildemente entender como nos encaixamos
nessa obra magnífica, tentando na verdade entender porque Deus nos ama tanto,
apesar de sermos seres imperfeitos que por alguma forma fomos alocados em um
canto remoto da Criação.
Antes de tentar entender a
essência de Santos, Orixás, Bosatsus (Anjos para os Budistas), Deuses,
Elementais, Seres de Luz, Mestres Ascensionados; devemos entender o intercâmbio
entre a espiritualidade e os homens. Ele existe, e todo Médium, monge, yogue
(praticante da Yoga) é capaz de dar testemunho disso. Mas nosso mundo materialista
repreende esse tipo de comportamento, chama de imaginação, fantasia,
esquizofrenia, loucura. E quando a prova é clara e não há como negar atribui-se
a alguma força fora de nós Deus ou Demônio (dependendo da religião que se
pratica), mas jamais algo que faça parte de nós seres humanos.
A imensa maioria dos incrédulos
parte do princípio que não há como acreditar no que não se pode ver. A esses
sugiro que passem uma tarde ao sol sem protetor solar e me digam se não
acreditam nos efeitos da invisível luz ultravioleta ardendo em sua pele. Ou
talvez possam me explicar sobre quais as forças visíveis esquentam seu jantar
dentro de um forno de micro-ondas (ultrassom), ou sobre quais raios de luz
visível atravessaram o corpo de alguém para imprimir uma placa de Raio X.
Resumindo, há frequências de luz
e de som que mesmo sem poder ser percebidas pelos nossos sentidos exercem sua
influência sobre a matéria como a percebemos. Cães ouvem o barulho de um apito
que nós não ouvimos, as abelhas enxergam na frequência do ultravioleta, usamos
lentes de infravermelho para enxergar no escuro. Calor, Luz e Som são formas de
Energia, e como toda energia se propagam em ondas que tem comprimento e
velocidade(frequência). Quanto mais veloz a frequência mais se aproxima da
forma de energia chamada Luz, A partir de uma determinada frequência de luz, a
mais baixa, a mais lenta consequentemente a mais próxima da matéria é a
vermelha (abaixo dela o Infravermelho) a frequência mais alta de luz para
nossos olhos é o violeta (acima o ultravioleta). Vermelho Laranja Amarelo Verde
Azul Violeta Se tivermos várias ondas, cada uma de uma cor,todas ao mesmo tempo
enxergaremos o Branco, a "cor" da totalidade, a "cor" da luz maior, a soma, o
Branco. Cor do Espírito Santo, cor que associamos à pureza, que na Umbanda se associa a Oxalá, Pai dos Orixás.
Observe que também para os
Indianos, os chacras de baixo pra cima, sobem na mesma sequência de cores o
vermelho que é o chacra da agressividade da sobrevivência da reprodução, e que
nos liga à terra, o chacra frontal que nos fala da mediunidade e
do intercâmbio com o espiritual e o conhecimento intuitivo é o violeta, e o
chacra que nos liga a Deus, o coronário é branco.
Se considerarmos que tudo é uma
questão de frequência de onda, eletricidade que gera movimento, ou luz ou
calor; ultrassom que gera imagem ou calor, luz que carrega informação em fibra
ótica, e se considerarmos que também os átomos vibram em determinadas
frequências e que essas frequências criam seu ordenamento em moléculas, e em
matéria. Poderíamos imaginar que pode haver também frequências de matéria que
estão além de nossa percepção, uma matéria que vibra em uma frequência que
nossos sentidos ainda não conseguem medir. Vamos chamar de Matéria Sutil. Vamos
analisar que podemos enxergar uma pequena faixa do que chamamos de luz, podemos
ouvir uma pequena fixa do que chamamos de som, provavelmente possamos sentir
uma pequena faixa do que chamamos de matéria. É como olhar para dentro de uma
imensa mansão pelo buraco da fechadura e acreditar que conhece já a casa toda.
Essa matéria sutil está sujeita
às mesmas Leis que conhecemos, mas nossos sentidos são incapazes de captar seu
desenvolvimento. É dentro dessa Matéria Sutil que a espiritualidade acontece.
Esse é o todo da casa, a vida na matéria é tão somente o que podemos vislumbrar
pelo buraco da fechadura. Compreender que a espiritualidade existe, suas
complexidades e suas leis é abrir a porta da casa, é perceber o quanto ela é
grande, é vislumbrar sua beleza, mas só a prática das Leis da Criação,
principalmente do amor e da caridade nos faz poder andar livremente pelos seus
cômodos, apreciar sua beleza e sentir-nos parte dela.
Muito bom!
ResponderExcluirSensacional, como sempre!
ResponderExcluirMuito bom...mesmo...
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