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terça-feira, 26 de maio de 2015

Criação - Mediunidade - Caridade

Texto apresentado na abertura dos trabalhos do Centro André Luiz dia 25 de Maio de 2015.

Antigamente, para a igreja o homem era o centro  da Criação, a Terra, o centro do Universo e tudo girava ao nosso redor. Muitos como Hipatia de Alexandria e Giordano Brunno, Galileu Galilei por exemplo, foram perseguidos e até morreram por afirmar o contrário.
Hoje, a ciência nos mostra que na verdade estamos em um singelo terceiro planeta de um sol de quinta grandeza (já foram encontrados sóis de diversos tamanhos, o nosso ocupa o quinto lugar, alguns são até 10 vezes maior que o nosso), de um braço externo de uma Galáxia (Via Láctea) que está na periferia do Universo (afastada do centro).
Antes acreditava-se que o Universo era Incriado, Eterno, Infinito. Hoje sabemos que tem idade 13 Bilhões de Anos, e já foi constatado pela ciência que ele se movimenta, que as galáxias se afastam entre si, portanto que ele se expande. O que havia antes desse início? Algo que se expande tem fronteiras? Não sabemos. O que há além dessas fronteiras? Não chegamos lá.
Imensos e ainda incompreensíveis são os mistérios da Criação, a tal ponto que quando fazemos uma nova descoberta simplesmente surgem centenas de novas perguntas.   Ao descobrir que o Universo surge em uma explosão: De que? Por quê? Onde? Até quando? E por aí vai, derrubam-se as certezas para que surjam novas perguntas. A única constante neste nosso universo são as Leis Físicas que o regem, elas valem para toda parte. Todas essas leis falam de algum modo de energia, inércia, gravidade, força centrífuga, força centrípeta, formação da matéria, propagação da luz, velocidade da luz.
E ao confrontar os descobrimentos da Ciência, olhamos para aquilo que aprendemos de nossos pais e que está nos livros sagrados que seguimos. Deus nos criou a partir do barro? Ou viemos de outros planetas? Ou somos fruto de alterações genéticas feitas por seres super evoluídos que  nos visitaram no passado? Ou somos criminosos banidos de reinos paradisíacos para uma parte segregada do universo? Cada um de nós já viu ou ouviu alguma dessas versões, mas ao longo do tempo descobrimos que a matéria que nos compõe, água e carbono pode ser barro. Suspeita-se que a água deste planeta foi trazida por cometas e meteoros que caíram aqui, encontramos esculturas antigas (milenares) de seres com formatos fantásticos e roupas de astronauta, cada uma parece corroborar alguma das teorias. Se não fomos criados diretamente por Deus, Deus criou nossos criadores. E aqui estamos; tentando humildemente entender como nos encaixamos nessa obra magnífica, tentando na verdade entender porque Deus nos ama tanto, apesar de sermos seres imperfeitos que por alguma forma fomos alocados em um canto remoto da Criação.
Antes de tentar entender a essência de Santos, Orixás, Bosatsus (Anjos para os Budistas), Deuses, Elementais, Seres de Luz, Mestres Ascensionados; devemos entender o intercâmbio entre a espiritualidade e os homens. Ele existe, e todo Médium, monge, yogue (praticante da Yoga) é capaz de dar testemunho disso. Mas nosso mundo materialista repreende esse tipo de comportamento, chama de imaginação, fantasia, esquizofrenia, loucura. E quando a prova é clara e não há como negar atribui-se a alguma força fora de nós Deus ou Demônio (dependendo da religião que se pratica), mas jamais algo que faça parte de nós seres humanos.
A imensa maioria dos incrédulos parte do princípio que não há como acreditar no que não se pode ver. A esses sugiro que passem uma tarde ao sol sem protetor solar e me digam se não acreditam nos efeitos da invisível luz ultravioleta ardendo em sua pele. Ou talvez possam me explicar sobre quais as forças visíveis esquentam seu jantar dentro de um forno de micro-ondas (ultrassom), ou sobre quais raios de luz visível atravessaram o corpo de alguém para imprimir uma placa de Raio X.
Resumindo, há frequências de luz e de som que mesmo sem poder ser percebidas pelos nossos sentidos exercem sua influência sobre a matéria como a percebemos. Cães ouvem o barulho de um apito que nós não ouvimos, as abelhas enxergam na frequência do ultravioleta, usamos lentes de infravermelho para enxergar no escuro. Calor, Luz e Som são formas de Energia, e como toda energia se propagam em ondas que tem comprimento e velocidade(frequência). Quanto mais veloz a frequência mais se aproxima da forma de energia chamada Luz, A partir de uma determinada frequência de luz, a mais baixa, a mais lenta consequentemente a mais próxima da matéria é a vermelha (abaixo dela o Infravermelho) a frequência mais alta de luz para nossos olhos é o violeta (acima o ultravioleta). Vermelho Laranja Amarelo Verde Azul Violeta Se tivermos várias ondas, cada uma de uma cor,todas ao mesmo tempo enxergaremos o Branco, a "cor" da totalidade, a "cor" da luz maior, a soma, o Branco. Cor do Espírito Santo, cor que associamos à pureza, que na Umbanda se associa a Oxalá, Pai dos Orixás.
Observe que também para os Indianos, os chacras de baixo pra cima, sobem na mesma sequência de cores o vermelho que é o chacra da agressividade da sobrevivência da reprodução, e que nos liga à terra, o chacra frontal que nos fala da mediunidade e do intercâmbio com o espiritual e o conhecimento intuitivo é o violeta, e o chacra que nos liga a Deus, o coronário é branco.
Se considerarmos que tudo é uma questão de frequência de onda, eletricidade que gera movimento, ou luz ou calor; ultrassom que gera imagem ou calor, luz que carrega informação em fibra ótica, e se considerarmos que também os átomos vibram em determinadas frequências e que essas frequências criam seu ordenamento em moléculas, e em matéria. Poderíamos imaginar que pode haver também frequências de matéria que estão além de nossa percepção, uma matéria que vibra em uma frequência que nossos sentidos ainda não conseguem medir. Vamos chamar de Matéria Sutil. Vamos analisar que podemos enxergar uma pequena faixa do que chamamos de luz, podemos ouvir uma pequena fixa do que chamamos de som, provavelmente possamos sentir uma pequena faixa do que chamamos de matéria. É como olhar para dentro de uma imensa mansão pelo buraco da fechadura e acreditar que conhece já a casa toda.

Essa matéria sutil está sujeita às mesmas Leis que conhecemos, mas nossos sentidos são incapazes de captar seu desenvolvimento. É dentro dessa Matéria Sutil que a espiritualidade acontece. Esse é o todo da casa, a vida na matéria é tão somente o que podemos vislumbrar pelo buraco da fechadura. Compreender que a espiritualidade existe, suas complexidades e suas leis é abrir a porta da casa, é perceber o quanto ela é grande, é vislumbrar sua beleza, mas só a prática das Leis da Criação, principalmente do amor e da caridade nos faz poder andar livremente pelos seus cômodos, apreciar sua beleza e sentir-nos parte dela.

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